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Foto do escritorNathalia Gonçalves

27 de maio: Dia da Mata Atlântica

Um dia para relembrar a importância da conservação desse bioma que sofre ha anos com a ocupação humana


A Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes do nosso país. Sua biodiversidade, clima e localização geográfica colaboraram para o desenvolvimento humano desde o início da colonização do Brasil. Porém esse desenvolvimento descontrolado trouxe consequências ruins para o equilibrio ecológico do bioma. Apenas 12% de sua cobertura original permanece hoje em dia.


Cerca de 70% da população brasileira (140 milhões de pessoas), responsáveis por 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, vivem em áreas urbanas e rurais com fragmentos de cobertura do bioma, que vai do Nordeste ao Sul do Brasil.



A Mata Atlântica, originalmente, cobria uma área superior a 1,3 milhão km² distribuída ao longo dos estados brasileiros que iam desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

São 1300 espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, sendo que 567 são endêmicas, ou seja, que só vivem ali, representando 2% de todas as espécies do planeta, somente para esses grupos de vertebrados. Entre as espécies mais conhecidas da fauna da Mata Atlântica estão o mico-leão dourado, o bicho preguiça, a onça-pintada, a capivara, o tamanduá-bandeira, a jaguatirica, o tucano, o beija-flor, as araras, o jacaré-do-papo-amarelo, a rã-de-vidro, o pacu e o pintado.



O mico-leão-dourado é uma espécie símbolo da Mata Atlântica.

Tucano de bico preto. - Foto: Claudney Neves

Em relação à flora, a Mata Atlântica possui 20.000 espécies de plantas, sendo que em torno de 8.000 só existe nesta floresta, algumas das mais conhecidas são: o Cedro, a Canela, o Ipê, o Jatobá, o Jequitibá e a Palmeira. Segundo as pesquisas atuais, 200 espécies vegetais brasileiras estão ameaçadas de extinção sendo que 117 pertencem a esse bioma.


Na Mata Atlântica podem ser observadas árvores de médio e grande porte e epífitas.
Dentre as inúmeras espécies vegetais da Mata Atlântica, podemos destacar a presença da pteridófita samambaiaçu.

A data é uma referência a 27 de maio de 1560, quando o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento no qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas. Para ajudar a conservar o bioma e sua biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) implementa o projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, no contexto da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha. Além de contribuir para a conservação da fauna e flora, a iniciativa ajuda a melhorar a qualidade de vida da população.


A notícia boa é que o desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985.


Já está na hora das notícias boas superarem o cenário de desmatamento e degradação da Mata Atlântica, o que você vai fazer hoje para comemorar esse dia tão importante para o meio ambiente?

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